domingo, 15 de outubro de 2017

Funaro: Aníbal Gomes recebeu R$ 200 mil para votar pelo impeachment, mas faltou



Em um dos depoimentos da sua delação à Procuradoria-Geral da República (PGR), Lúcio Funaro acusa o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB) de receber R$ 200 mil do então presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB) para votar a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT). O cearense teria recebido o valor adiantado, mas, no dia, não compareceu à votação.
“Tem um caso que é até hilário, mas um dos deputados que ele (Cunha) comprou e pagou antecipado, pelo que ele me disse, foi o Aníbal Gomes. Disse que ele tinha pago pro Aníbal gomes R$ 200 mil, pro Aníbal Gomes votar favorável ao impeachment da Dilma. O que aconteceu: o Aníbal Gomes não veio no dia da votação, faltou, e isso aí era a mesma coisa que votar a favor da Dilma. Aí ele (Cunha) ficou louco”, conta Funaro.
O valor era parte de uma propina de R$ 1 milhão entregue a Cunha para comprar votos de parlamentares a favor do impeachment. Funaro não sabe apontar todos os deputados que teriam recebido dinheiro, mas diz acreditar que o recurso teria sido usado todo para este fim.
“Ele (Cunha) me pergunta se eu tinha disponibilidade de dinheiro, que ele pudesse ter algum recurso disponível pra comprar algum voto ali favorável ao impeachment da Dilma. E eu falei que ele podia contar com até R$ 1 milhão e que eu liquidaria isso para ele em duas semanas no máximo”, relata.

O outro lado
Procurado, Aníbal afirmou que a acusação era “a coisa mais absurda do mundo” porque ele não conhecia o Funaro e estava operado da coluna em São Paulo no dia da votação. “No impeachment da presidente eu estava operado em São Paulo da coluna, com uma prótese. Nunca recebi proposta nenhuma”, rebate. “No dia, eu acho que estava até na UTI”.
Por meio de nota, Cunha negou acusações. “Repudio com veemência o conteúdo e se trata de mais uma delação sem provas que visa a corroborar outras delações também sem provas, onde o delator relata fatos que inclusive não participou”, disse.

Com informações, O Povo.

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