O deputado estadual Zezinho Albuquerque (PDT) revelou, nesta terça-feira, 4, seu
desejo em oficializar sua filiação ao Progressistas (PP) no Ceará durante o período de janelas
partidárias. Atualmente, o principal líder da legenda no Ceará é o deputado
federal AJ Albuquerque, filho do parlamentar. A questão é delicada,
pois, na Câmara, AJ é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), opositor politico do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
Ao programa Jogo Político, o parlamentar comentou que qualquer mudança de
legenda deve primeiro partir de diálogos com Ciro e Cid Gomes (PDT). Na avaliação de Zezinho, para se manter
como um aliado de primeira hora, seria interessante um acordo que o garantisse
um partido o qual consiga mais capital político.
"Se eu conseguir aqui um
partido que a gente tenha tempo de TV, que tenha ajudado o governo, eu tenho
que conversar com o Cid, mas essa minha posição pode ser em março. Eu acho que
se eu estiver no PP e ajudar melhor o Ceará eu vou para o PP. Graças a Deus eu
sou assim, quando eu vou eu vou mesmo. Agora, preciso ser também ouvido,
escutado, como são as coisas, porque não estou mais
naquela fase, quero ajudar o Ceará", disse o deputado.
A decisão, segundo Zezinho, não significaria um rompimento com
os Ferreira Gomes, mas uma alternativa que o garantiria maior poder político
diante do seu papel de integrante do arco de aliados do Executivo.
"Hoje temos vários prefeitos, pessoas que nos seguem e
que acreditam no que a gente faz, e quero fazer mais pelo Ceará. Conheço o
Estado, os distritos, lideranças, deputados e famílias. Isso faz com que a
gente queria ajudar cada vez mais", destacou o parlamentar.
No Ceará, o PP ainda é um dos focos de impasses para
definição de candidato à sucessão de Camilo Santana. Os problemas envolvem
questões nacionais e locais que precisarão ser resolvidos por lideranças do
grupo governista até breve.
O partido também procura se consolidar e viabilizar suas
candidaturas diante do fim das coligações partidárias tanto da formação de
federações (PT, Psol, PV e PCdoB) quanto da fusão de legendas, como é o caso do
União Brasil (integração entre PSL e DEM).
A posição do diretório estadual do partido diante da escolha
para a sucessão de Camilo também deve ser tomada de forma dialogada, defende o
deputado. "Se o PP achar que não deve apoiar um candidato a governador que
não seja o candidato que ele possa ajudar, que a população queria, então a
gente vai procurar um candidato", finalizou Zezinho. (O Povo).