Tensão e revolta marcaram um movimento feito por dezenas de
feirantes instalados na Feira do Aprazível, no distrito de mesmo nome,
município de Sobral, na manhã de sexta-feira (03). O alvo dos protestos era o
presidente da Associação dos Feirantes, o quiteriense Carlos Alexandre Jerônimo
de Matos, que já foi secretário de governo na gestão Braguinha e atualmente é o
ouvidor municipal de Santa Quitéria.O motivo é a alteração da data e hora de funcionamento da
feira, que antes era às sextas-feiras de 05:00 às 10:00 e por decisão da
diretoria, foi antecipado para as quintas às 19:00, o que acabou desagradando
parte dos trabalhadores. Os mesmos alegam que não foram ouvidos para esta
mudança e que isto, além de provocar choque de horário com o Shopping Chão em
Ipu, deve enfraquecer ainda mais as vendas.
Em determinado momento, os ânimos se exaltaram no local e
manifestantes subiram em cima de um ônibus para rasgar um outdoor na entrada da
feira, sendo necessária a intervenção de policiais militares e seguranças para
controlar o tumulto.
Aos gritos de "fora Alexandre", os feirantes
reclamam que o presidente e sua diretoria negam o direito de patrimônio e que
não ouvem a coletividade. "Essa feira é patrimônio do feirante, quando ele
vai fazer uma coisa não consulta, não presta conta, ele acha que é dele e essa
feira não é dele, é do feirante", destacou Cristina.
Carlos Alexandre comanda a AFA desde abril de 2013 e segundo
informações, acumula desgaste por não ter iniciado projeto de melhorias na
infraestrutura do local, na medida em que avançam as obras para conclusão de um
novo polo comercial que está sendo construído ao lado. Além do mais, os
comerciantes acumularam dividas com a pandemia e serão cobradas as atualizações
de taxas de permissionário.
À rádio SomZoom Sat, o presidente disse que não iria se
manifestar sobre o caso e informou que na segunda-feira (06), um posicionamento
oficial deverá ser emitido pela associação.
Com informações, A voz de Santa Quitéria