O ano de 2020 será marcado pela polarização política com as eleições
municipais.
Em meio a um clima de indefinições, as forças de situação e
oposição no Estado precisam fazer movimentos certeiros nas peças do
tabuleiro para manter territórios e conquistar novos espaços. Fortaleza é
o epicentro da disputa e servirá de teste para o grupo político
comandado pelo PDT dos irmãos Ferreira Gomes. O projeto de manter o Paço
Municipal é o grande desafio, num cenário de polarização ideológica.
Ainda não há como prever a influência no pleito eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), representante do campo de direita e, portanto, opositor do grupo governista no Ceará, ligados ao espectro de centro-esquerda. Embora o desempenho de Bolsonaro no Nordeste, tenha sido ruim em 2018, se 2020 trouxer bons resultados na economia, como avaliam especialistas, os candidatos apoiados pelo governo federal podem ganhar fôlego na corrida eleitoral de 2020.
Ainda não há como prever a influência no pleito eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), representante do campo de direita e, portanto, opositor do grupo governista no Ceará, ligados ao espectro de centro-esquerda. Embora o desempenho de Bolsonaro no Nordeste, tenha sido ruim em 2018, se 2020 trouxer bons resultados na economia, como avaliam especialistas, os candidatos apoiados pelo governo federal podem ganhar fôlego na corrida eleitoral de 2020.
Do outro lado do espectro ideológico, existe outro personagem cuja
participação política no ano eleitoral também é pouco definida: o
ex-presidente Lula (PT). O partido pretender investir na Região e a
participação de lideranças nacionais poderá ser decisiva.
Aliados no Estado, PT e PDT, dependendo das estratégias, podem estar
em palanques diferentes, novamente. As divergências no Ceará entre as
duas siglas, principalmente nas eleições de Fortaleza, sempre são
momentos de turbulências. O governador Camilo Santana, maior liderança
do PT no Ceará, tem que conciliar interesses do partido e do grupo
político.
Camilo defende a manutenção da parceria política na Capital, bem
diferente do que as alas mais ideológicas do seu partido querem. O grupo
governista terminou o ano sem dar pistas de quem será o candidato à
sucessão do prefeito Roberto Cláudio, enquanto isso o PT já se
movimenta.
A deputada federal Luizianne Lins, ex-prefeita de Fortaleza por dois
mandatos, desponta como o nome do partido, mas não é unanimidade. Outras
lideranças como o presidente do PT de Fortaleza, vereador Guilherme
Sampaio, são apontadas por quem acha que a sigla, desgastada com os
escândalos de corrupção, merece um "frescor".
Apesar dos conflitos de interesse, o sociólogo Emanuel Freitas,
professor de Teoria Política da Universidade Estadual do Ceará (Uece),
acredita que o governador conseguirá administrá-los. "Desde que o Cid
assumiu o Governo do Estado sempre houve dois PTs: um mais militante e
outro mais próximo dos Ferreira Gomes. Em 2016, o Camilo não fez
campanha para a Luizianne, vamos ter repetição disso. O Camilo tem
consciência de que ele se tornou governador por mais obra e graça dos
Ferreira Gomes do que do PT".
Oposição
Se um confronto entre os Ferreira Gomes e o PT vai se repetir ou não
em 2020, não se sabe. Mas o que já está desenhada é a disputa com o
deputado federal, Capitão Wagner (Pros). Candidato derrotado nas
eleições municipais de 2016, desde que Wagner foi eleito para a Câmara
Federal, no ano passado, ele se movimenta como pré-candidato a prefeito
de Fortaleza. O parlamentar anunciou apoio de três partidos pequenos e
promete a adesão de siglas maiores no início do ano.
Em pesquisas internas, Wagner aparece na frente de prováveis
adversários. Não é à toa. Ele tem o recall da última eleição municipal e
foi campeão de votos na disputa para a Câmara Federal.
Com informações, Diário do Nordeste.
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