A pandemia da Covid-19 evidenciou o lado mais frágil do sistema de saúde brasileiro. Na semana em que o país atinge a triste marca de 300 mil mortos, governos estaduais e municipais correm contra o tempo e buscam alternativas para desafogar a fila crescente por leitos, sejam de enfermarias ou de UTIs. Em boa parte dos municípios brasileiros hospitais de campanha estão sendo novamente levantados, revelando mais que a falta de planejamento, a má utilização dos recursos públicos.
Em São José dos Campos, interior de São Paulo, uma unidade hospitalar chamou a atenção dos moradores. Uma obra que deveria ser construída para auxiliar a rede local ganhou forma em 36 dias, em uma estrutura referência para outros equipamentos, e com um grande diferencial: o baixo custo. O Hospital, que foi construído do zero e que se tornou a obra hospitalar definitiva mais rápida do Brasil, vem atraindo o interesse de parlamentares, dentre eles, o cearense Moses Rodrigues, que pretende visitar a unidade em abril.
“A construção do Hospital de Retaguarda de São José dos Campos deve ser visto com bons olhos pelo Ministério da Saúde e pelo executivo estadual e municipais. Trata-se de uma obra que não é um anexo ou uma ampliação. Estamos falando da construir uma unidade da estaca zero”, destacou o deputado federal.
O hospital foi construído utilizando 67 módulos. Distribuídos em dois pavimentos, a unidade está localizada em um terreno de 3.100 m², sendo 1.554 m² de área construída. A obra recebeu apoio da iniciativa privada. “Desde o ano passado a arrecadação dos municípios caíram devido à pandemia. Para construir o hospital, São José dos Campos buscou parceria com empresas que assumiram quase dois terços do valor final da obra”, finalizou.
O Hospital de Retaguarda teve custo estimado de R$ 12,9
milhões. A Prefeitura investiu R$ 4,5 milhões de recursos próprios.
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