A defesa de José Hilson de Paiva, médico e prefeito afastado
de Uruburetama, solicitou nessa terça-feira, 23, a anulação da sessão que o
afastou do cargo. O pedido foi feito à Vara Única da Comarca de Uruburetama.
Em documento, a defesa considera que o afastamento foi
julgado indevidamente e afirma que Maria Stela Gomes Rocha, presidente da
Câmara Municipal, convocou sessão ordinária durante período de recesso, em dia
e horário que não estariam previstos no Regimento Interno.
Ainda no documento, a defesa considera que os processos
político-administrativos de cassação têm caráter punitivo e que há indícios de
violação dos princípios constitucionais, por isso estando "sujeitos à
revisão pelo Poder Judiciário".
O ofício considera que "embora o impetrante esteja
preso preventivamente, a nulidade da sessão não deixa de ocorrer, devendo ser
tornado sem efeito o Decreto 002/2019, que suspendeu o impetrante de suas
funções de prefeito".
A defesa também cita a existência de um processo de extorsão
(Proc. nº 0137230- 15.2018.8.06.0001), que tramita na 6ª Vara Criminal de
Fortaleza, em que Arthur Nery, vice-prefeito de Uruburetama, e Alexandre Nery,
vereador filho do vice-prefeito, foram indiciados.
O motivo seria uma ameaça de Arthur, de que espalharia fotos
e vídeos íntimos de José Hilson caso não assinasse uma carta de renúncia ao
cargo de prefeito. A defesa afirma que Alexandre mandou, por terceiro, uma
carta-renúncia para ser assinada pelo médico, juntamente com cópias das
fotografias íntimas.
Com informações, O Povo.
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