quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Leônidas Cristino diz que Governo Federal não pode ficar com um olhar de paisagem para a estiagem que atinge o Nordeste



O deputado federal e ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino (PDT), participou da edição de terça-feira, 18, do Programa Repórter Ceará, da Rádio Campo Maior AM, para tratar da situação hídrica do Estado do Ceará.
Uma das soluções para o problema da crise hídrica, segundo o deputado, é a conclusão da transposição do rio São Francisco para que essa água chegue à vários estados do Nordeste que sofrem com a estiagem.

“A situação do Nordeste é muito mais do que crítica, e há muito tempo a gente bate nessa tecla. Nós temos que resolver o problema da transposição das águas do Rio São Francisco para essas áreas do Nordeste, sobretudo para o Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Esses estados não possuem um rio perene, que tenha água permanentemente”, declarou ele.

Leônidas também critica a imprevisibilidade dos prazos dessa obra, que já teve a data de chegada das águas aqui no Ceará remarcada por quatro vezes: “Primeiro disseram que até o natal do ano passado a água chegaria ao Ceará, depois transferiram essa data para fevereiro, depois julho e agora mudaram a previsão pela quarta vez para março/abril do próximo ano. Isso é uma coisa desrespeitosa com relação ao Estado do Ceará”.

O deputado apresentou dados que mostram que até o fim do ano, 37 cidades cearenses devem estar com problemas graves em relação à gestão de água, e critica o Governo Federal por não tomar providências em uma situação de emergência: “Nós temos em torno de 21 municípios com problemas de abastecimento e até dezembro, outros 16 vão ter problemas gravíssimos [com a gestão da água] e o Governo Federal fica com um olhar de paisagem porque uma empreiteira desistiu da conclusão obra, o Governo não toma uma posição para resolver essa problemática, é uma situação emergencial”.

Leônidas encerra sua participação defendendo a ideia de que haja mais cobranças ao Governo Federal em relação à crise hídrica nordestina: “A situação é dramática e temos que lutar juntos. Não só o Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, mas também todos os nordestinos e brasileiros que fazem parte de uma federação, como em um corpo, e quando uma parte está com um problema, todo o restante deve ajudar”.

Com informações, Quixeramobim Agora.

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