A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta-feira (3), quatro mandados de prisão temporária e26 mandados de busca e apreensão nos estados do Ceará, São Paulo e Bahia e bloqueou valores em contas dos investigados. Conforme a PF, o suposto esquema tinha como alvos servidores públicos, através de operações irregulares de crédito consignado.
De acordo com a Polícia Federal, os indícios apontam suposta
participação de um ex-secretário de Estado da Casa Civil do Estado do Ceará, à
época dos fatos em apuração. Segundo informou a PF, há também supostos indícios
de atuação do genro desse ex-secretário, à época, gestor de uma das empresas
que movimentou mais de R$ 600 milhões nas operações de crédito sob
investigação. Contra ele também há um mandado de prisão.
"A Operação Onzenário investigou fluxo intenso de
capitais obtidos de forma criminosa em prejuízo dos servidores públicos
estaduais, através de investimentos, aquisições imobiliárias e simulação de
aquisição de cotas de sociedade empresarial, em engenhoso esquema de corrupção
e lavagem de dinheiro", disse a Polícia Federal, em nota.
Ainda conforme a PF, os crimes investigados "são de
associação criminosa, corrupção, fraude em licitação, crimes contra o sistema
financeiro nacional e lavagem de dinheiro, culminando em enriquecimento ilícito
dos investigados, que são servidores públicos, ex-gestores de instituições
financeiras e empresários, em detrimento do sistema financeiro nacional e dos
servidores públicos estaduais do Estado do Ceará obrigados a arcar com juros
mais elevados em operações de crédito".
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