O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e
Segurança Pública (MJSP), disponibilizou 60 vagas em presídios federais de
segurança máxima para detentos que estão no em penitenciárias do Ceará. O
estado vive, há seis dias, uma onda ataques contra veículos, órgãos públicos,
agências bancárias, estabelecimentos comerciais e equipamentos de segurança. Os
atentados, organizados por facções criminosas, com forte atuação dentro dos
presídios, seriam uma represália ao anúncio do governo estadual de medidas para
endurecer as regras no sistema carcerário estadual.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do
Ceará, um preso já foi transferido e outros 19 estão sendo embarcados nas
próximas horas, totalizando 20 transferências de forma imediata. A identidade
dos detentos não foi divulgada, mas são lideranças das facções que atuam no
estado, vinculadas a grupos como o Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado
(GDE). Também não foi informado para quais dos cinco presídios federais os
presos estão sendo remanejados. O governo analisa a transferência de mais presos
ao longo dos próximos dias.
A população carcerária do estado ultrapassa os 29,5 mil
detentos, incluindo presos provisórios e aqueles dos regimes semiaberto e
fechado. O número total de vagas, no entanto, é de pouco mais de 13 mil,
somando todas as unidades prisionais do estado, uma superlotação de quase 60%
da capacidade, segundo os dados mais recentes do governo do estado.
Em varredura nos presídios do estado nos últimos dias, foram
apreendidos, segundo o governo, cerca de 400 celulares e alguns aparelhos de
televisão, em número não informado. Não houve registro de incidentes nas
unidades e, em duas delas, as visitas foram suspensas ao longo do fim de
semana, por razões de segurança.
Nesse domingo (6), a Secretaria de Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS) do Ceará confirmou a prisão de 110 suspeitos de envolvimento nos
ataques criminosos dos últimos dias. A Polícia também informou a morte de ao
menos três pessoas, supostamente em confronto com as forças de segurança.
Com informações, Agência Brasil
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