O vice Michel Temer não gostou do que ouviu da presidente Dilma sobre a reforma ministerial. Mas não há risco de rompimento da aliança nacional. O PMDB vai manter a pressão para melhorar a qualidade de seu espaço no governo. Caso Dilma mantenha o tamanho do partido, seus líderes preveem estresse no Congresso após o recesso. A falta de sintonia nos estados amplia a combustão.
Novamente não
A maior revolta entre os peemedebistas é a tentativa, no governo Dilma, de repetir fórmula aplicada no governo Lula. O ex-presidente, quando comandava o Brasil, filiou o médico José Gomes Temporão ao PMDB e pediu para o governador Sérgio Cabral assumir sua indicação para a Saúde. Agora, Lula estimulou o empresário Josué Gomes da Silva a ingressar no partido, e a presidente Dilma pensa em nomeá-lo para o Desenvolvimento. Esta mudança abriria caminho para o Turismo ser oferecido ao PTB. Mas a direção peemedebista não vai bancar Josué. Nem os deputados o consideram um sucessor do ministro Gastão Vieira. São muitas emoções.
(*) Ilimar Franco é colunista do O Globo
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