Os agentes da
Guarda Civil Municipal de Sobral, amanheceram nesta quinta-feira, 19,
aquartelados. Eles recusam a escala desumana que estão sendo submetidos pela
atual administração municipal, além da falta das condições de trabalhos. Os
agentes dizem que os profissionais estão sem as mínimas condições de zelarem
por sua própria segurança. “Situação absurda, sem o mínimo de condições humanas
e até de se desempenhar um serviço digno que o povo de Sobral merece. Não temos
onde bebermos água, nem onde usarmos um banheiro, caso necessitemos.
Trabalhamos 12 horas por dia, em pé. Estresse, pressão, falta de condições de
trabalho. Muitos trabalhamos com coletes vencidos e uma pistola de plástico
(SPARK), já desgastada e com munição vencida. Só pedimos para que a população
fique do nosso lado e ponha se em nosso lugar. A atitude tomada pelo atual
prefeito, não é para agradar aos sobralenses, é uma forma de vingança, em
decorrência do apoio de nossa instituição ao deputado federal Moses Rodrigues”,
desabafa integrantes da categoria, ao mesmo tempo em que faz um apelo: “Pedimos
aos sobralenses, que fiquem do nosso lado, apoiem nossas reivindicações,
estamos pedindo socorro para não morrermos atingidos por tiros. Hoje, somos
nós, amanhã pode ser um filho ou parente seu, que preste concurso e venha a servir
na Guarda Municipal. Trabalhamos sob condições análoga a de escravos. Toda vez
que precisamos beber água, temos que informar pelo rádio, sob penas de punições
severas. No Residencial Caiçara, são 3.364 unidades residenciais e fazemos o
patrulhamento a pé. Como podemos ao menos fugir, numa situação de risco?
Desarmados, sem treinamento, sem EPI's, cansados numa jornada diária de 12
horas de serviço em pé, apenas para saciarmos a sede de vingança do Prefeito.
Hoje, podemos afirmar, “Os Guardas estão temerosos pela própria vida, tendo em
vista que o ambiente não oferece segurança. Até porque, Guarda precisa ter
segurança para transmitir segurança para a sociedade”. 
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