A bancada do Ceará no Senado teve posição divergente na
votação da noite desta terça-feira que retirou o Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ministro Sergio Moro (Justiça).
Dos três parlamentares, apenas Tasso Jereissati (PSDB)
votou para que o Coaf fosse abrigado no ministério da Economia, capitaneado por
Paulo Guedes, e não na Justiça, com o ex-juiz da Lava Jato.
Eduardo Girão, do Podemos, foi favorável a que o órgão
ficasse com Moro, conforme estabeleceu a reforma administrativa do presidente
Jair Bolsonaro (PSL).
Em seu voto, Girão lembrou as manifestações do último
domingo, quando apoiadores do pesselista foram às ruas do País.
“O item 1 (dos protestos) foi o Coaf no Ministério da
Justiça”, disse o senador, que completou: “O item 2 foi o fim do foro
privilegiado e o item 3, a CPI da Lava Toga. Isso foram as vozes das ruas.”
Cid Gomes (PDT) não participou da sessão que aprovou a
medida provisória 870 e decidiu o destino do Coaf.
Enquanto a discussão se desenrolava na Casa, com debates
acirrados entre base e oposição, o ex-governador integrava seminário em Sobral,
sua cidade natal, no interior do Ceará.
O tema do encontro no qual o senador marca presença é o
centenário do eclipse solar de 1919.
Na votação da MP na Câmara há uma semana, o PDT orientou
para o Coaf ficasse alocado sob a alçada de Guedes.
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