Resistir é expressão
"Vivemos na era da informação. A internet e suas redes sociais amplificam a capacidade dos humanos de se comunicarem e com isso a circulação de informação é mais do que nunca uma poderosa ferramenta de subversão. Sabendo disso, quem ocupa o topo da pirâmide, mesmo que de forma momentânea, tende a trabalhar contra os que tomam para si o papel de informar. Atualmente, umas das principais vítimas dos neo proto déspotas são os jornalistas. Como homem de imprensa, também fui vítima desta tendência. Desde o ano de 2016 tenho sentido na pele a sombra da censura através de uma peça jurídica Frankstein, onde o autor do processo, o senhor Ivo Ferreira Gomes, me acusava de ter ‘’excedido o direito à livre expressão, cometendo abusos referentes à divulgação de comentários inverídicos e deturpados’’ contra o mesmo e seus gurus. Em tempo, adjetivo a peça como um Prometheu Moderno, pois a mesma é iniciada referindo-se a minha pessoa e é finalizada imputando o jornalista Donizete Arruda da culpa pelo o que eu era acusado. No tocante, um claro Control C Control V, que ao meu ver torna-se belo exemplo da produção de censura em massa. Inacreditável. Entretanto, acreditando na minha formação, onde a veracidade, objetividade e imparcialidade dos fatos despontam como os alicerces da produção de conteúdo e, com a assessoria dos eficientes Doutores Thyago Donatto, Dráuzio Linhares e Tales Tavares, na última semana obtive a vitória judicial em relação ao meu censor. Fui inocentado das infundadas acusações. Celebro este episódio da minha vida como um novo exemplo a ser transmitido aos estudantes e amigos de profissão, onde a confiança na liberdade de expressão e no papel de resistir aos ataques dos que desejam calar a imprensa não deve ser vivenciada com temor e sim com a altivez dos que acreditam na apuração dos fatos, dos que não apoiam nenhum tipo de regime de exceção, seja de esquerda ou direita e mais ainda, dos que assentem o papel social do jornalismo. Em relação ao meu glosador, quem não conhece a história de sua família há de se surpreender. Eu não. Os originários na ARENA, o partido que deu sustentação à Ditadura Militar de 1964, não conseguem sair do armário em apenas uma geração e abandonar o viés dos tempos de chumbo com tanta facilidade. É como diria o sobralense Belchior em alguns dos seus versos censurados. "Apertar o botão: cidade morta. Placa torta indicando a contramão. Faca de ponta e meu punhal que corta. E o fantasma escondido no porão".
É tempo de resistir. É tempo de se expressar".
Matheus Salvany
Jornalista e Professor Universitário
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