sábado, 30 de maio de 2020

Professores de Sobral têm carga horária reduzida durante pandemia; medida gera polêmica


A redução da carga horária de professores temporários e efetivos da rede de ensino de Sobral causou polêmica entre a categoria. Segundo os docentes, isso vai gerar um corte de até 50% na sua remuneração mensal. O prefeito Ivo Gomes admitiu que a medida é "antipática”, mas justifica que houve uma grande queda no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) por causa da perda de arrecadação nos municípios, durante a pandemia da covid-19.  
A medida afetou 381 professores e foi publicada no Diário Oficial do Município na última sexta-feira (22). Um docente, que não quis se identificar, confirma que há perda de até 50% no salário e que, apesar da pandemia, a categoria tem trabalhado tendo atividades como aulas virtuais e participação de cursos. “Não estamos tendo sossego”, protestou. A redução já acontecerá neste mês de maio.  
Outra professora disse que a sua classe não é valorizada e que chega a fazer hora extra durante a semana e aos sábados. “Até mesmo durante 15 dias do mês de julho, que é tido como férias”. “A Prefeitura de Sobral leva o título de melhor educação de Sobral às custas do suor do pobre professor, que na primeira oportunidade é esquecido e excluído”, manifestou.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sobral (Sindsems), o professor Gilvan Azevedo, afirma que a redução é dos professores que tiveram a carga horária ampliada, que não estava prevista no concurso. “Essa ampliação é temporária e não efetiva. Não tem lei que garanta”, explica. Por outro lado, rechaça que a perda foi de 50%, como alega alguns docentes. “Houve uma perda de 25%”. A redução é de R$ 2477,84 para aproximadamente R$ 1871,59. 
Mesmo assim, a organização mandou um documento pedindo que a Secretaria de Educação do Município pague o retroativo do mês de maio tão logue entre um novo recurso do Fundeb, já que a medida foi assinada a partir do dia 22. “(A redução da carga horária) tem base jurídica. Se não tivesse, a gente ia pra cima. Foi feito dentro da legalidade”, pontua o sindicalista.  
Por outro lado, Gilvan admite que houve uma queda muito grande no repasse do Fundeb que, segundo ele, de janeiro e fevereiro foi de R$ 30 milhões. Já em março e abril, o valor repassado foi de R$ 20 milhões. Em maio, o recurso foi ainda menor: “Entrou apenas R$ 5,2 milhões. Uma queda muito grande”, destaca. (Diário do Nordeste). 

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