"Um belo exemplo dessa realidade é o meu
conterrâneo Tupinambá Marques, O Babá do Beco. Um extraordinário talento
sobralense que, com Seu Bartolomeu, a Fabíola e o Deputado Alfonsão, seus
principais personagens, além de realizar shows e apresentações nos teatros e palcos
na Cidade, produz e apresenta no rádio sobralense, semanalmente, o programa
Sábado de Todas as Maneiras, um verdadeiro espetáculo de graça e irreverência".
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores
Deputados,
O humor cearense é um estado de espírito
que tem sido desenvolvido como característica da identidade de parte da
população do Ceará. É um traço da cultura popular com expressão na literatura,
na indústria cultural, nos meios de comunicação de massa e constitui um
segmento importante da chamada economia criativa.
A história do povo que vive neste Estado
com mais de 95% do território no semiárido, na luta contra as adversidades do
clima e pela superação do quadro de pobreza e secas, fortaleceu a têmpera do
homem. Mas sem perder o bom humor.
O riso, com seu poder terapêutico e
libertador, evidencia a capacidade de superação para enfrentar as dificuldades
da vida. O humor faz parte da atitude positiva de não se entregar ao comodismo
da reclamação.
A verve humorística transcende a
opressão, supera inibições da sisudez, derruba hierarquias. É demonstração de
vitalidade, inteligência e da esperança que dá sentido à vida.
Senhor Presidente,
O Ceará é um dos estados mais pobres do
País, que nos últimos 10 anos exibe indicadores de crescimento acima da média
nacional, assim como de superação da pobreza e miséria. Esse Estado é o berço
de grandes humoristas no País. Talentos que foram gestados no circo, no palco,
no rádio e TV locais, são exportados para a indústria cultural na Região
Sudeste e ganham reconhecimento nacional.
Nome consagrado do humor cearense,
Renato Aragão começou a carreira no rádio e TV em Fortaleza, mas encontrou
projeção nacional com os parceiros Dedé, Mussum e Zacarias no programa Os
Trapalhões. O quarteto, que lançou discos e filmes de sucesso, formou uma
geração nutrida com o riso e alegria.
Outro fenômeno nacional é Chico Anysio,
que depois de esgotar os horizontes para criação de humor no rádio, cinema e TV
conquistou lugar de destaque no Rio de Janeiro, com programas inesquecíveis na
televisão. Comparado a um Chaplin pela capacidade de criação de roteiros,
construção de personagens, direção e desempenho no papel de ator e compositor,
Chico Anysio deixou sua marca na história do humor brasileiro.
Tom Cavalcante passou pela escola do
rádio e dos palcos na sua trajetória de sucesso, de humorista no Ceará, onde
iniciou a carreira, ao reconhecimento nacional. Atuou com quadro no Chico
Anysio Show, depois na Escolinha do Professor Raimundo, até conquistar o espaço
de ter o seu programa de TV e investir numa carreira internacional em
Hollywood.
Senhor Presidente,
O humor cearense está também nas telas
de cinema e na Música Popular Brasileira. Falcão, com uma trajetória de cantor,
compositor e apresentador no seu inconfundível estilo brega e humor
irreverente, lançou uma dezena de CDs no mercado.
Falcão atuou no filme Cine Holliúdy, de
Halder Gomes e com Edmilson Silva, longa-metragem falado no dialeto cearencês
com legendas em português que teve bilheteria de mais de 500 mil espectadores.
Também trabalha no filme o humorista Zé Modesto.
Filho do circo do interior do Ceará,
desde menino em Itapipoca, e logo em todo Ceará, o palhaço Tiririca encantava
plateias. Com o seu talento no rádio e o sucesso no mercado do CD de estreia,
Tiririca conquistou o público nacional com quadros e programa da TV. O carinho
do público em São Paulo lhe deu o mandato de deputado federal com expressiva votação,
renovado no pleito passado.
Uma nova geração de humoristas cearenses
leva adiante a missão de disseminar o riso e alegria. Nos roteiros turísticos
do Brasil, a noite de Fortaleza com espetáculos de humor tem lugar assegurado.
O Teatro do Humor Cearense, em
Fortaleza, é palco permanente para conhecer os novos talentos. O programa é
garantia de boas risadas com shows stand up das atrações Manguaça, Bastiana e
Arrochadinha, entre outros humoristas.
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores
Deputados,
O humor cearense foi mostrado pela Rede
Globo no Especial Humor no Ceará, com o espetáculo "Assando É Que Se
Queima", gravado ao vivo no Theatro José de Alencar. O programa mostra a
arte de Bené Barbosa, Ciro Santos, João Netto, Lailtinho Brega, Gil Soares,
Edmilson Filho e Amadeu Maya.
Nomes como Meirinha, Rossiclea e
Adamastor Pitaco e tantos outros engrandecem a galeria de craques do riso e da
alegria que externam uma característica da alma do cearense. Mesmo no mau
humor, como no caso do famoso Seu Lunga de Juazeiro do Norte, que não deixava
passar uma oportunidade para o sarcasmo, o cearense encontra motivo de riso.
Considerado pai do humor cearense, o
advogado e escritor Quintino Cunha, nascido em 1875, falecido em 1943, foi
considerado pelo crítico literário Agripino Grieco o maior humorista brasileiro
de todos os tempos. Seja nos tribunais, rodas literárias ou no dia a dia,
Quintino Cunha, com suas anedotas de improviso conforme a ocasião, foi um
precursor da irreverência bem-humorada do cearense.
E não é apenas nos grandes centros
urbanos e nas grandes redes de televisão do País que essa verve artística ganha
reconhecimento e tem presença continuada. Excelentes artistas desenvolvem a sua
arte do humor nas cidades do interior cearense, onde residem.
Um belo exemplo dessa realidade é o meu
conterrâneo Tupinambá Marques, O Babá do Beco. Um extraordinário talento
sobralense que, com Seu Bartolomeu, a Fabíola e o Deputado Alfonsão, seus
principais personagens, além de realizar shows e apresentações nos teatros e palcos
na Cidade, produz e apresenta no rádio sobralense, semanalmente, o programa
Sábado de Todas as Maneiras, um verdadeiro espetáculo de graça e irreverência.
Aliás, Senhor Presidente, Senhoras e
Senhores Deputados, foi das cidades interioranas que emergiram muitos dos
artistas do humor cearense, que ganharam expressão e reconhecimento regional e
nacional.
Apenas como registro, para lembrar
alguns dos nossos humoristas que referenciamos neste pronunciamento, o Chico
Anísio, era filho de Maranguape, o Renato Aragão, de Sobral, o Tiririca, de
Itapipoca, o Falcão, de Pereiro, João Neto, o Zé Modesto, de Mauriti, o que
mostra a riqueza criativa das nossas cidades.
Muito obrigado!
Leônidas Cristino
Deputado Federal (PDT - CE).
WILSON, gostaria de saber pq vc não postou meu comentário, quando disse que seria melhor para o dep. Moses Rodrigues ficar mesmo em Brasíia, pois estava se destacando como deputado federal, falo assim pois nunca um deputado federal com primeiro mandato está trabalhando tanto para seu município.fazendo assim está honrando os votos que recebeu.
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