Em resposta às críticas do PSDB à filiação ao Pros, na
última quarta-feira, 21, o deputado Capitão Wagner subiu à tribuna, na manhã
desta quinta-feira, 22, e questionou a postura dos tucanos no Ceará. Ainda aguardando
a definição da legenda sobre provável apoio à sua candidatura ao Palácio da
Abolição, Wagner disse que não é “palhaço” nem político com “cabresto”.
“Não dá pra eu ter o PSDB me apoiando e o prefeito do PSDB
declarando voto no Camilo. Reclamaram que eu saí do PR. Eu vou ficar no PR com
a deputada Gorete (Pereira) votando no Camilo? Aí eu vou pro DEM, o DEM votando
no Camilo? Meu amigo, querem me fazer de palhaço? Não”, respondeu em tom de
desabafo na sessão.
O pré-candidato ao Governo do Estado afirmou ainda que vai
comandar o Pros para não ter “cabresto” como outras lideranças tiveram em
épocas distintas. “‘Ai, o Capitão Wagner quer comandar o partido’. Eu quero
comandar pra ter minhas garantias, pra não ter um cabresto e dizer ‘não ele vai
ser candidato agora à força’ como aconteceu aqui. Todo mundo conhece a história
do Marcos Cals”, relembrou.
Ao O POVO, o presidente do PSDB no Ceará,
Francini Guedes, havia afirmado que a ida de Wagner para o Pros dificultaria o
apoio da sigla ao deputado para a disputa ao Executivo. Uma reunião na legenda
é aguardada para esta quinta-feira, 22, com o objetivo de decidir os rumos do
partido na eleição estadual.
Oposição
Além das críticas ao PSDB, Wagner não poupou os partidos de
oposição ao governador Camilo Santana (PT). Ainda em pronunciamento, o deputado
conclamou as legendas para se movimentarem para a disputa.
“Bora, cadê os partidos de oposição desse Estado? Assuma a
candidatura do Capitão Wagner e apresentem os nomes. Eu não quero dinheiro não,
eu quero que apresente o vice, apresente senadores para que a gente de fato
possa fazer uma campanha bonita nesse Estado e mostrar que dá pra fazer
campanha sem dinheiro, sem estrutura, mas tem que ter coerência”, criticou.
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