No mandado de segurança que tem como autor o vereador Junior
Balreira, o advogado alega o descumprimento das regras regimentais bem como da
Lei Orgânica do Município de Sobral.
Na sessão ocorrida no dia 17 de dezembro, o então presidente
da câmara, vereador Paulo Vasconcelos, não aceitou o argumento do vereador e
não acatou o pedido para realização de uma audiência pública com a população
como também não respeitou o prazo de 4 dias para as emendas.
O desrespeito foi tão flagrante que o juiz Dr. Aldenor
Sombra deixou claro em sua decisão: “Após a sua aprovação, verificou-se que
o projeto de iniciativa do poder executivo foi encaminhado ao legislativo
municipal desacompanhado de seu anexo, não tendo sido este objeto de
deliberação pela Câmara Municipal.
Com vistas a corrigir tal vício, foi encaminhado uma nova
mensagem(659) que se converteu no Projeto de Lei Complementar no 74/2018.
Cuida-se, portanto, de um novo projeto de lei complementar,
e como tal, deve observar o devido processo legislativo, cujas normas estão
previstas no Regimento Interno da Câmara Municipal de Sobral e na Lei
Orgânica do Município de Sobral. (...)
Feita essa breve incursão na ordem jurídica aplicável ao
processo legislativo municipal, cumpre verificar que a designação de sessão
de votação de um projeto de lei complementar municipal apresentado no dia
17/12/2018, já para o dia 21/12/2018, viola claramente o conjunto de normas
acima transcritas.”
O vereador Junior Balreira disse ter ficado satisfeito com a
decisão judicial que “pôs ordem” nos trabalhos do Poder Legislativo que vez por
outra estava sendo desrespeitosamente chamado de secretaria da prefeitura.
“Não é legal quando o Poder Judiciário passa a intervir nos
trabalhos do legislativo. Isso só acontece quando há uma ilegalidade ou abuso
de Poder manifesto. Quando o presidente Paulo Vasconcelos descumpre o regimento
e a lei orgânica, age com improbidade. Dai que a decisão judicial pôs ordem aos
desmandos. Já não somos respeitados pela comunidade que já apelidaram a câmara
como uma secretaria do executivo. Enquanto eu for vereador, vou lutar para que
isso não acontece”, finalizou o edil.
A ação foi patrocinada pelo Escritório Lintor Torquato e
Advogados Associado.
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