O deputado federal Moses Rodrigues (PPS/CE) relator da
Subcomissão de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação (PNE), requereu
audiência pública para discutir e cobrar a metodologia de Cálculo do Custo
Aluno de Qualidade Inicial (CAQi), como forma de garantir o cumprimento da meta
20, que prevê o investimento de 10% do PIB na Educação e que o gasto por aluno
garanta qualidade na educação.
“Estas discussões são fundamentais porque vão definir
quanto custará uma educação de qualidade por aluno. Não tem como falar em
Educação de qualidade, sem escolas e creches com boas estruturas, sem
professores qualificados e bem remunerados, elementos básicos para subsidiar
uma Educação de qualidade. Estamos trabalhando para garanti-la e colocar o PNE
em prática”, afirmou Moses Rodrigues.
O secretário de Articulação com os Sistemas de Ensino do
Ministério da Educação (MEC), Binho Marques, admitiu que o MEC não homologou
parecer já pronto do Conselho Nacional de Educação sobre a metodologia do CAQi,
porque precisava de atualizações. O acordo feito na Conae é que o MEC
entregaria o Caqi até maio deste ano, porém como não foi cumprido, o Ministério
instituiu o Grupo de Trabalho para produzir relatório e entregar em setembro e
depois discutir com a sociedade.
Na avaliação do presidente do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares, há um
conjunto de elementos que terão que ser considerados na construção da
metodologia de custeio do aluno. Entre eles, uma escola funcional, qualidade no
ensino e boa gestão, onde o principal objetivo é aprendizado.
Conforme o coordenador do Fórum Nacional de Educação
(FNE), Heleno Manoel o custo de aluno não pode ser estimado somente
pelo número de matrículas, mas pela qualidade. Outros fatores que para
ele favorecerão é o vinculo do Sistema Nacional de Educação com o Caqi, a
fiscalização dos recursos investidos e mudanças na Lei de Responsabilidade
Fiscal.
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