Jornal da Paraíba encerra versão impressa e demite mais de 90 profissionais

A versão impressa do Jornal da Paraíba não existe mais - a última circulou no domingo, 10. Em reformulação, a empresa optou por investir no digital e isso resultou em 91 demissões. Se levar em conta cortes que começaram no ano passado em função da nova organização, o número chega a 120 profissionais. As informações foram confirmadas à reportagem do Portal Comunique-se.
Em nota oficial, o presidente do grupo informou que a decisão de encerrar o impresso, que tem 45 anos de história, segue tendência mundial e é resultado do crescimento das plataformas digitais. "Mas, também, está relacionada ao agravamento da atual crise brasileira, que atinge o setor produtivo em seus mais diversos segmentos". Ele comenta que a empresa sabe da importância da decisão, que "atinge o capital humano que empresta sua força de trabalho ao crescimento das nossas empresas. Mas foi necessário fazê-lo".
Apuração da reportagem do Portal Comunique-se mostra que desde julho de 2015 o jornal promove demissões. Neste momento, os mais de 90 profissionais ocupavam cargos na redação e na gráfica. Com a situação, Eduardo Carlos agradeceu aos colaboradores. "Expresso aqui o nosso agradecimento a todos, mas todos mesmo, os que, ao longo dessas quatro décadas e meia, fizeram o Jornal da Paraíba ser o que ele é. E torço, muito sinceramente, para que os que nos deixam reencontrem o seu lugar no mercado de trabalho".
Atualmente, além de comandar o jornal, a Rede Paraíba de Comunicação é dona da TV Cabo Branco e Paraíba - afiliadas do Grupo Globo - e rádios Cabo Branco FM e CBN João Pessoa.