Apontado como um dos herdeiros dos votos do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva em caso de ausência do petista nas eleições deste
ano, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) enfatizou nesta terça-feira, 20, que não
buscará apoio do petista para sua candidatura ao Planalto. Anteriormente, Ciro
havia defendido que, condenado, Lula não pode ser candidato neste ano.
Após participar de evento da Folha de S.Paulo na
capital paulista, Ciro afirmou que está buscando formar uma aliança com PSB e
PCdoB e que, embora não descarte um apoio do PT, não acredita em uma aliança
com o partido de Lula.
"Não descarto (aliança com PT), apenas não acredito que
aconteça pela natureza do escorpião", disse Ciro Gomes. Em palestra no
evento, o ministro fez uma metáfora dizendo que o partido era como escorpião,
"se afunda sozinho."
Ele fez críticas ao PT e disse que a sigla precisa fazer uma
autocrítica. "Não é possível que tudo seja 'conspirata', que eles são
santos." Ao ser perguntado se não afastava um possível apoio do partido
pelos ataques que faz à legenda, Ciro lembrou que apoiou o PT em outras
eleições. "Eu só sirvo para isso (para apoiar)?", declarou.
O ex-ministro disse mais uma vez que "sonha" com a
absolvição de Lula, mas que o petista não pode ser candidato em caso de
condenação. "Manter o País refém de um conjunto de chicanas e recursos
judiciais é o outro lado da judicialização da política que tem feito tão mal ao
País."
Alianças
Pré-candidato, Ciro Gomes afirmou que busca aliança com
outros partidos, mas que tem "limites" para isso. Sobre o PSB, onde
já foi filiado, disse que há afinidade programática. Ele acrescentou que também
procura apoio do PCdoB. "Se eu vou conseguir ou não, vamos ver."
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