Em reunião com o futuro ministro da Justiça Sergio Moro
nessa quarta-feira, em Brasília, o governador Camilo Santana (PT) defendeu o
isolamento de lideranças de facções criminosas presas nos estados e seu envio
para unidades federais.
A proposta foi incluída em um documento elaborado ao fim do encontro
promovido pelo Fórum de Governadores, do qual participaram 23 chefes de
Executivo e dois vices eleitos e o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Dias Toffoli. Apenas três estados não enviaram representantes: Tocantins,
Goiás e Paraná. Extraoficial, a carta apresenta seis prioridades atribuídas aos gestores que se encontraram com Moro. Além do isolamento dos líderes de organizações criminosas, ela reivindica um reforço ao Fundo Penitenciário Nacional, com a divisão de recursos previamente estabelecida para cada estado, nos moldes do Fundo Nacional da Educação; o incremento de políticas anticorrupção; o emprego mais eficaz da inteligência no combate ao crime; e o desenvolvimento de um banco de dados nacional com impressões digitais.
O documento, que não chegou a ser lido durante a reunião, a primeira de Camilo com membros da equipe de Jair Bolsonaro (PSL), ainda precisa passar por análise dos governadores, que devem se encontrar mensalmente após a posse do presidente eleito, em 1º de janeiro de 2019.
Dos tópicos expostos na conversa com o futuro ministro, porém, o governador do Ceará manifestou-se positivamente sobre o envio de chefes de facções para presídios federais. Ele não comentou os demais. Em sua fala a Moro, o petista voltou a se queixar de que "toda a responsabilidade da segurança recai hoje sobre os governadores".
Em seguida, Camilo citou a proteção de fronteiras e o narcotráfico como desafios para Bolsonaro. "Isso não é responsabilidade dos estados", disse. "A nossa defesa é que o Governo Federal possa ser o grande maestro dessa pactuação nacional."
Com informações, O Povo.
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