domingo, 6 de outubro de 2019

Queda de braço entre Senado, Câmara e Governo deve atingir o Ceará


A troca de farpas entre o senador cearense Cid Gomes e o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) expôs, na noite de terça-feira, uma nova crise institucional entre Senado e Câmara, com o governo federal no meio. O pior é que o Ceará e o Nordeste têm muito a perder dependendo do desfecho. 
O que mais chamou atenção no entrevero público foram os termos. Cid disse que Lira é "achacador". Lira rebateu no mesmo tom. Mas a maior repercussão é institucional e não pessoal.
Em sua fala, o cearense defendeu que o Senado retaliasse a postura de líderes das bancadas na Câmara. O presidente Rodrigo Maia disse que o "sucesso da Câmara tem incomodado".
As duas casas estão em pé de guerra pelo protagonismo na pauta econômica e isso está tendo reflexos que ficam mais claros agora, após a tensão causada pela fala do senador cearense.
Nesse contexto, os senadores estão ressabiados com o governo federal por considerar que o Planalto tende a ficar ao lado da Câmara na divisão dos royalties do pré-sal.
A insurgência do Senado, inclusive, já começou. A derrubada do trecho da reforma da Previdência com restrição ao abono salarial, reduzindo a economia em R$ 72 bilhões em 10 anos, foi uma sinalização. E o governo federal já fala em retaliar numa pauta que, novamente, atinge os estados, entre eles o Ceará: o pacto federativo, que está sendo conduzido pelo Senado.
O desfecho dessa novela pode ir parar no Judiciário, como pensam em fazer governadores nordestinos, caso a Câmara mude mesmo as regras de distribuição dos royalties do pré-sal. (Inácio Aguiar/DN).


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