Perder um ente querido, ou simplesmente uma pessoa conhecida
por morte violenta poderá levar não somente dor da perda, mas também a de um
possível descaso das autoridades do estado do Ceará. É que a Coordenadoria de
Medicina de Legal (Comel) antigo IML de Sobral está sem carros rabecões. Os dois
veículos, segundo um funcionário daquele órgão estão quebrado por falta de
manutenção. Para fazer o traslado de um cadáver da região da Ibiapaba, que faz
parte da abrangência de Sobral, foi necessário acionar o rabecão da cidade de
Tauá, região dos Inanhamus, distante cerca de 5 horas de Sobral. “Um dos carros
rabecões, se encontra parado no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRE) a caminho
de Fortaleza e o outro está quebrado no estacionamento da Comel”, se reportava
um funcionário da Coordenadoria, na Rádio Paraíso FM.
Em outubro de 2008, situação idêntica aconteceu em Sobral quando os dois rabecões usados no traslado de corpos pararam por
problemas mecânico. Por conta disso, os cadáveres passaram a ser
transportados em veículos particulares e em carro de funerárias, como
foi o caso do motorista do ônibus, Agnaldo Sousa Barbosa, assassinado, naquela ocasião na
BR-222.
Inaugurado em 2006, no governo Lúcio Alcântara, o antigo
Instituto de Medicina Legal, era uma reivindicação de todos os moradores dos 50
municípios da região Norte do Estado. Antes da construção do prédio, os corpos
eram necropsiados numa antiga garagem que ficava no prédio, onde está instalada
a Delegacia da Mulher. Os exames a noite aconteciam a “luz de vela”.
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