sábado, 10 de agosto de 2019

Vereadores de Sobral, da oposição, querem a cassação do mandato de Romário

Após a prisão do vereador de Sobral Romário Araújo (Solidariedade), parlamentares da oposição preparam uma representação contra ele na Comissão de Ética da Câmara Municipal, que poderá levá-lo à cassação. Acusado de estelionato, Romário foi preso, no Rio Grande do Norte, e deverá ser transferido para Sobral na próxima semana.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará, pelo menos 36 pessoas prestaram queixa à Polícia contra o vereador. Uma das vítimas afirma que pagou R$ 900 para participar de suposto curso preparatório para o exercício de função na área de fiscalização institucional do Governo do Estado.


"Ele se encontra na Delegacia de Capturas do Rio Grande do Norte, onde vai ser feito o exame de corpo de delito e a gente vai mandar a equipe da Polícia Civil para ser feito o recambiamento para Sobral", detalhou. Segundo o titular da delegacia de Sobral, a transferência de Romário deve acontecer na próxima semana. Marcio Luiz afirma que o vereador ainda tem outro mandado de prisão preventiva aberto contra ele, no estado do Paraná, por dever R$ 40 mil de pensão alimentícia.


Enquanto isso, vereadores de oposição preparam uma representação contra Romário na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que poderá resultar no processo de cassação do mandato dele.
Giuliano Vasconcelos (SD), curiosamente do mesmo partido de Romário, é um dos que querem a cassação do mandato do colega. O problema, diz ele, é que a maioria dos 21 vereadores na Câmara é da base governista do prefeito Ivo Gomes (PDT) e não se sabe como eles vão se posicionar.
"Não temos maioria, somos oito vereadores de oposição. Abrir o Conselho (de Ética) a gente consegue, agora, (para) cassar, tem que ter pressão, porque é uma vergonha isso, o vereador preso e ninguém consegue cassar o mandato dele. As provas são mais do que robustas. Resta saber se os vereadores ao lado do prefeito vão aprovar (um parecer que peça a cassação)".

Em abril, os vereadores rejeitaram uma representação que acusava Araújo de quebra de decoro parlamentar. O requerimento pedia o afastamento dele e a instauração de uma comissão para apurar as informações. O recebimento da denúncia, contudo, foi rejeitado por dez votos contra, oito a favor e duas abstenções.

Procurado pela reportagem na mesma ocasião, o presidente da Câmara de Sobral, Carlos do Calisto (PDT), ressaltou que Romário está afastado das atividades parlamentares e sem remuneração. "O que a Justiça resolver, vamos acatar", afirmou, sem discutir o futuro do suspeito. (Diário do Nordeste).

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