segunda-feira, 13 de março de 2017

Fim da Rádio Estadão: demissões e arrendamento para igreja



A tarde desta sexta-feira, 10, terminou com notícia desagradável para os funcionários da Rádio Estadão. Empresa responsável pela manutenção do veículo, o Grupo Estado informou (internamente) que o fim da emissora está decretado. A partir de 18 de março, a frequência de 92.9 FM em São Paulo passará a ser ocupada por uma igreja. A decisão faz com que comunicadores sejam demitidos e mais líderes religiosos ganhem espaço na mídia.

Os cortes com pessoal começaram antes de o fim da Rádio Estadão ser confirmado.
Em seu blog, o jornalista Anderson Cheni, “articulista-parceiro” do Portal Comunique-se, informou que a emissora dispensou o repórter Marcel Naves e a apresentadora Alessandra Romano (que estava na emissora desde o ano lançamento, 2011). Na ocasião, o colunista já tinha adiantado que o futuro da marca estava incerto. Com o fim da Rádio Estadão, outros profissionais devem ser dispensados. Poucos nomes devem ser reaproveitados na Eldorado (rádio também mantida pelo Grupo Estado).

O comando do Grupo Estado alega que, com o fim da Rádio Estadão, passará a concentrar investimentos em projetos digitais. A empresa garante ter “focado seus investimentos numa estratégia multiplataforma em meios como jornal, portal, mobile, redes sociais, e-commerce e eventos proprietários, como os Summits e Fóruns Estadão”. Com esse formato de trabalho, a direção aproveitou para divulgar resultados avaliados como positivos. “O conteúdo qualificado de todas as plataformas tem aberto inúmeras possibilidades de crescimento”, ressalta.


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