Na primeira tentativa do governo de discutir a privatização
da Eletrobras em audiência pública na Câmara dos Deputados, parlamentares da
base aliada mais uma vez foram minoria na comissão especial que analisa o tema.
Dos deputados que se manifestaram durante a audiência pública com o presidente
da estatal, Wilson Ferreira Junior, poucos tentaram defender o projeto, e o
próprio relator da matéria, José Carlos Aleluia (DEM-BA), também parecia
apático.
A expectativa era de que um número maior de deputados da
base se manifestassem durante a reunião nesta terça-feira, 17 de abril, mas
alguns deles registraram presença sem permanecer na comissão. O discurso mais
inflamado entre os governistas foi do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), que
acusou os oposicionistas de quebrarem a Eletrobras para ganhar eleição.
Ferreira Junior fez uma apresentação do projeto e foi
questionado por quatro horas por deputados de oposição, período em que teve que
explicar porque se disse contra a privatização antes de assumir a presidência
da empresa, e negou ter chamado os empregados da estatal de vagabundos.
Leônidas Cristino (PDT-CE) disse que estava preocupado com a
possibilidade de que o PL passasse na Câmara, “mas vendo a falta de ânimo do
presidente da Eletrobras e do deputado Aleluia” acreditava que isso não iria
acontecer. “Eu acho que a empresa não vai ser vendida. O governo não tem o
poder de convencimento para aprovar essa matéria na Câmara dos Deputados”,
disse o parlamentar. (Colaborou: Canal da energia).
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