(Agência Senado) - O reajuste do piso salarial dos professores de 7,97% para 2013, muito
inferior ao que foi concedido em 2012 (22%), foi criticado por
senadores. O valor de R$ 1.567,00, anunciado pelo ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira (10), não valoriza a categoria,
na opinião dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Bauer
(PSDB-SC).
Em entrevista à Agência Senado nesta sexta-feira (11),
Cristovam Buarque disse que o aumento é insuficiente e defendeu a
federalização da educação. Autor do projeto que resultou no Piso
Nacional dos Professores (Lei 11.738/2008), o senador afirmou que a lei foi um grande avanço, mas que, infelizmente, fica amarrada ao valor do piso.
- Não é possível atrair para o magistério os estudantes, os
universitários, com um salário de R$ 1.567,00. E o mais grave é que,
além de o piso ser muito baixo, está havendo um achatamento do salário
entre o piso e o teto - comentou Cristovam.
A dificuldade que alguns estados e municípios terão para pagar o
piso, mencionada pelo ministro da Educação, também foi reconhecida pelo
senador. A saída defendida por Cristovam é transferir a educação de base
para a responsabilidade do governo federal num período de 20 anos.
- Se fosse feita a federalização da educação, com um salário médio de
R$ 9 mil ao professor, de uma maneira paulatina, no final de 20 anos,
isso custaria ao governo federal somente 6,4% do PIB. Isso é possível -
defendeu.
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