sábado, 25 de maio de 2019

Bebê morre durante parto e família denuncia negligência médica, em Sobral

Um bebê morreu durante um parto normal prematuro no Hospital Municipal Dr. Pedro de Castro Marinho, em Irauçuba, na Região Norte do Estado, na última quarta-feira (22). A família da mãe da criança denunciou o hospital por negligência nesta quinta-feira (23), após parte do corpo do feto ser desmembrado.  
Depois da ocorrência no primeiro hospital, a mãe, de 18 anos, foi encaminha para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral, onde foi retirada a outra parte do bebê que ainda estava dentro da jovem. 
Em nota, a Santa Casa da Misericórdia informou que "ao ser atendida, identificou-se a cabeça fetal no canal vaginal da paciente. Foram realizados todos os atendimentos necessários (curetagem uterina) e a paciente está evoluindo bem".
Já o diretor clínico do Hospital de Irauçuba, Leonardo Fernandes, informou que apesar de não ser comum, o desmembramento "pode acontecer". "Não é relativamente comum, mas acontece. Está na literatura obstétrica", declarou.  
Alegações do Hospital 
O diretor do Hospital de Irauçuba relatou ainda, que a grávida estava com 23 semanas, cerca de cinco meses, e não seis meses como informou a família para a polícia. O período, conforme Leonardo Fernandes, é considerado "limite de abortamento e de um trabalho de parto prematuro extremo". 
Ainda segundo Fernandes, não foi auscultado batimentos cardíacos do bebê antes do parto. Ele não soube dizer se a mãe foi informada, naquele momento, que não havia sinais cardíacos.  
O diretor clínico ressaltou que, durante o parto, o médico precisou realizar uma "manobra padrão", porque o bebê estava invertido - ou seja, com os pés virados para a saída do útero, ao invés da cabeça. "Como já estava saindo, o tronco se desprendeu da vulva da mãe e a cabeça ficou presa. Ele foi fazer a manobra padrão. Pegar o tronco e jogar um pouquinho pra cima, para desprender. Quando ele fez isso, por ser feto muito frágil, pela idade gestacional, desprendeu do tronco", completou Fernandes. 
Família indignada 
Indignada com o ocorrido, a mãe da grávida registrou um boletim de ocorrência contra o Hospital de Irauçuba por negligência na quinta-feira (23). Na ocasião, ela informou que foi impedida de acompanhar o parto da filha e que o médico ordenou que ela esperasse na recepção. 
O diretor do hospital alegou, no entanto, não ter conhecimento sobre a proibição e disse que não é algo comum. A jovem mãe de 18 anos relatou que o pré-natal foi feito normalmente e que ainda iria a realizar a segunda ultrassom da gravidez, já que na primeira não foi possível identificar o sexo do bebê. 
Perícia 
A Perícia Forense (Pefoce) de Sobral foi até a Santa Casa para realizar a perícia no corpo do bebê. Ao se deparar apenas com uma parte do corpo, os peritos chamaram a polícia de Itapajé, responsável pela área de Irauçuba, para acompanhar o caso. Em seguida, o tronco do bebê foi solicitado e encaminhado para a sede da Pefoce em Sobral. 
O delegado titular de Itapajé, Thiago Rezende, disse que o caso será investigado a partir de segunda-feira (27).

Com informações, Diário do Nordeste

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