domingo, 31 de agosto de 2014

AH, QUEM DERA EU PUDESSE AMAR...



Por Analice Fontenele Portela*

E ver a expressão do meu corpo delatando as mais genuínas das minhas emoções...
E sentir o tempo voltar estagnando na parada adolescência, onde o frescor dos sentimentos atinge a mais elevada de suas manifestações...

Ah, quem dera eu pudesse amar...
E ter em meus olhos a figura do meu deleite refletida de alma afora como uma sala de espelho que só reflete uma única imagem, embora por ângulos distintos...
E sentir aflorar dentro de mim uma enxurrada de coisa boa que empesta o ambiente de fora vislumbrando nuances da beleza original e ainda sobrando tinta para pintar o belo da vida aos quatro cantos do mundo...

Ah, quem dera eu pudesse amar...
E sentir o propósito de Deus para com os homens e o magnífico privilégio de poder manifestar tal sensação, embora cônscia das limitações humanas que nunca traduzirão, à risca, o amor, tamanha sua sublimidade...
E ter a dignidade de ceder meu corpo e minha alma como templo sagrado para expressar, das mais distintas formas, o que poderíamos traduzir como sentido da vida...

Ah, quem dera eu pudesse amar...
Guardaria em segredo o meu amor, para protegê-lo, e como uma criança que dorme abraçada a seu brinquedo afeto, cuidaria de afagá-lo, zelá-lo e agarrá-lo a meu peito para que o sono não fraquejasse as minhas forças e me fizesse perdê-lo...
Levitaria ao adormecer e como uma encanto onírico pousaria em terra nunca d’antes habitada

Ah, quem dera eu pudesse amar...

*Professora de Português e Inglês


16/01/2011

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