O governador Camilo Santana (PT) afirmou que não se responsabilizará,
“caso aconteça um colapso de água no Estado do Ceará. A responsabilidade
será do governo federal, que não tem ouvido o governador e a
sociedade”.
O petista referia-se à paralisação das obras de transposição de águas do
Rio São Francisco, em trecho que liga Pernambuco à cidade cearense de
Jati, que aconteceu em meados de julho. “Essa
obra não era para ter sido paralisada, era para ter sido contratada
emergencialmente. É claro que não estamos em situação de calamidade, no
momento, mas poderemos estar caso essa obra não seja concluída até maio
do ano que vem “, disse Camilo.
“Se não chover nós vamos ter um problema seríssimo porque não temos onde
buscar água para atender um sexto ano seguido de seca”, acrescentou o
governador. Camilo afirmou ainda que pediu uma nova audiência com o
presidente da República Michel Temer e lembrou reuniões que teve, em
Brasília, no dia 26 de outubro, com representantes da Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), com o presidente
do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, e com o ministro da
Integração Nacional, Hélder Barbalho, para tratar do tema da crise
hídrica no Ceará e no Nordeste, como um todo.
O petista alertou que até 4 milhões de pessoas que dependem das águas do
açude Castanhão (que hoje tem apenas 6% de sua capacidade total
armazenada) podem ser afetadas pela falta de água a partir do segundo
semestre de 2017, caso a obra não seja concluída. “É a coisa mais
urgente hoje. O governo federal tem que olhar para o Nordeste
brasileiro”, defendeu.
Com informações, Diário do Nordeste
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