(Foto: Sergio LIMA/AFP) |
A executiva nacional do PSDB rejeitou o pedido de expulsão do
partido do deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Em uma reunião que durou
cerca de cinco horas, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA) apresentou seu
parecer contra a representação feita pelos diretórios municipal e
estadual do partido em São Paulo que pedia a saída do ex-candidato à
Presidência da República. Sabino considerou que não havia motivos e
pediu pela rejeição. "Deputado não tem nenhuma condenação", disse.
"Partido não tem motivos para fazer a expulsão", disse.
A
maioria dos membros presentes votou com o relator e, com isso, o pedido
foi rejeitado. Foram 30 votos a favor. Apenas quatro foram contra o
relatório e pediram para que o processo de expulsão fosse aberto. Foram
eles, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), o prefeito de São Bernardo,
Orlando Morando, o tesoureiro do partido César Gontijo e o secretário de
Saúde de São Paulo, Edson Aparecido. Houve uma abstenção do líder do
PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (PSDB-SP).
A rejeição do pedido
de expulsão é considerada como uma derrota ao governador de São Paulo,
João Doria, um dos principais defensores da expulsão de Aécio do
partido. O movimento para expulsar Aécio é parte do que Doria chamou de
"faxina ética" no PSDB, que ano passado teve o pior desempenho eleitoral
de sua história. Há o temor de que a permanência de Aécio no partido
atrapalhe os planos eleitorais de Doria, para a Presidência em 2022, e
de Bruno Covas, prefeito de São Paulo, que disputará a recondução ao
cargo nas eleições do ano que vem.
Com informações, Agência Estado
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