Os
programas policiais veiculados pelos canais de televisões locais (do Ceará)
perderam a sua características jornalísticas e, passaram a ser meramente
sensacionalismo. Prova disso foi uma matéria exibida por quase todos
eles, em que mostra um dialogo entre um homem acusado de estupro e uma
adolescente, que seria a vítima. Assisti a reportagem e não vi em nenhum
momento um especialista ser entrevisto, para tentar mostrar a sociedade como
sociedade poderia identificar um ‘monstro’ como esse, ou, porque muitas das
vezes, casos como esse vão para a estatística da impunidade. Tenho conhecimento
que os produtores, diretores e apresentadores se prontificaram através de um
Ajuste de Conduta, evitar de veicular cenas desse tipo de conteúdo, apelativo
em seus telejornais policiais. Vejo que, a forma como esses programas estão
exibindo seus conteúdos de matéria, não prende a telespectador e sim garante
apenas o emprego de quem corre atrás desse tipo de informação, onde ao final da
edição o que foi exibido, é um ‘lixo’, para um povo carente de cultura,
educação, saúde e de boa informação.
Por conta disso:
O Ministério Público Federal do Ceará (MPF-CE) vai avaliar as imagens de um programa da TV Cidade, do Ceará, que veiculou na terça-feira (7) imagens de uma criança de 9 anos sendo vítima de violência sexual. As cenas, veiculadas no programa Cidade 190, foram solicitadas pelo MPF-CE para que sejam analisadas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC).
O procurador regional da República do estado, Francisco Macedo Filho, pediu nessa quarta-feira (8) que as imagens, reproduzidas pelo canal Cnews, fossem retiradas do ar.
Depois que a informação foi divulgada, a página da TV Cidade na internet, sob o título “Confira o diálogo do estuprador para com a menina de 9 anos”, apresentava o campo do vídeo com a informação de que ele havia sido apagado. Na página do canal no site Vimeo, o vídeo foi retirado e, no início da noite, foi acrescentado outro, de seis segundos, com a frase: “Este vídeo foi removido a pedido do Ministério Público”.
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