quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Leônidas Cristino faz discurso em defesa da Educação brasileira



A educação é reconhecida como política pública mais eficiente de promoção da dignidade do homem e na formação da cidadania, junto com o trabalho. Pela educação, os países trilham o caminho mais curto que leva à mobilidade social.
A educação é uma ferramenta que influencia na redução das desigualdades sociais e dá um norte, afastando os jovens dos perigos da marginalidade e da violência.
O Brasil atravessa um período sombrio da história com um governo que não enxerga esta realidade. Ao olhar para a educação através de um vidro embaçado por preconceitos ideológicos, até por sentimento de raiva contra quem faz a educação no país, o governo não compreende o que está em jogo.
O governo não apresenta um projeto para a educação. Em vez de solução consistente, vemos a proliferação de coisas periféricas, exotismos lançados ao vazio, como a defesa de liberação do porte de armas numa sociedade violenta além da conta.
Em vez de defender escolas em tempo integral, vemos avançar o ensino domiciliar. Em vez da valorização do professor, vemos o combate à ideologia de gênero e a tonteira do projeto escolas sem partido.
Em vez de fortalecer a expansão do ensino médio de tempo integral com educação profissionalizante, vemos a ênfase que pretendem dar na expansão das escolas cívico-militares.
Defendemos uma educação de qualidade em todos os níveis. Esta é uma bandeira do PDT, calcada na prática em governos estatuais, desde o pioneirismo de Leonel Brizola, um desbravador de caminhos. Provamos que é possível, porque fizemos no Ceará, o estado melhor posicionado no ranking do IDEB e o que possui maior número de escolas de nível médio em tempo integral com ensino profissional.
Temos o exemplo de Sobral, no Ceará, município do semiárido nordestino que mantém o melhor IDEB do Brasil. Tenho a honra de ter sido prefeito do município, sucedendo a Cid Gomes, que iniciou este trabalho na educação, continuado por Veveu Arruda e agora aprimorado por Ivo Gomes.
Por duas vezes o Brasil foi às ruas protestar contra os cortes e contingenciamento de recursos na educação perpetrados pelo atual governo. As universidades públicas e os institutos federais, que ofertam também o ensino técnico de nível médio, são centros de excelência acadêmica e científica, mas hoje são alvo de arrocho que não disfarça a ameaça de privatização.
Esta política de estrangulamento das universidades é orquestrada com o corte de bolsas da Capes e CNPq.
É de tristeza o cenário quando o campus não tem dinheiro para investimento, mal paga as contas de água e luz.
Em vez de apresentar uma solução para tirar da crise as universidades, o governo apresenta o projeto do Future-se. Future-se como, se o presente é de ameaça e trevas?
A Constituição assegura às Universidades autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, que o governo não quer aceitar.
O momento é de resistência e luta.

Leônidas Cristino
Deputado  Federal (PDT- CE)

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