Há pouco tempo, o Tribunal de Justiça do Estado decidiu reformular a forma como habeas corpus eram concedidos – de forma suspeita – pela própria Corte, nos fins de semana ou em feriados. Havia advogados que esperavam os plantões para ingressar com os pedidos de habeas corpus somente nos feriados. Além disso, a Justiça não colocava em seu sistema eletrônico as decisões tomadas pelos desembargadores nos plantões. Desse modo, chefes de quadrilhas saíam da cadeia pela porta da frente com ordem judicial na mão, concedida nos tais plantões, e ninguém ficava sabendo de nada, a não ser o magistrado, o advogado e o próprio bandido solto. Há duas semanas, o Pleno do TJCE deu respaldo a uma decisão tomada pelo próprio presidente do órgão de rever esta esdrúxula situação, que parecia muito suspeita.
Mas, nas últimas semanas, vários criminosos de altíssima periculosidade voltaram às ruas e o rastro de sangue ganhou corpo em diversas comunidades da cidade, como a Barra do Ceará, Jangurussu, Barroso e Messejana. E os bandidos comemoram com fogos, churrascos e balas a soltura de seus chefes, por ordem judicial. Ao mesmo tempo, os números de assassinatos aumentam na Capital cearense. Quando são soltos, os chefes de quadrilhas dão ordem a seus “soldados” para matar quem eles acham que contribuíram para suas prisões. E a Polícia continua no seu trabalho de “enxugar gelo”, vai prendendo e os criminoso vão sendo libertados pelo Judiciário.
A máxima é verdadeira. A Polícia prende, e a Justiça solta! E tome “enxuga gelo”
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